quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Verdades & Mentiras

Verdades & Mentiras

Desde há muito temos percebido a repetida frase, “Segurança Pública é Problema do Estado”, os municípios podem colaborar com a segurança, fazendo a limpeza das ruas, trocando lâmpadas, mandando limpar terrenos, urbanizando praças e promovendo ações de cunho social e educativas, há uma meia verdade nessas afirmações, pois é evidente e comprovado que um ambiente limpo, urbanizado, bem iluminado e ocupado por uma população bem educada, vai produzir menos violência criminal, isso é fato, mas não é tudo, a ausência de um ente municipal de natureza operacional, presente, constante, preparado e com respaldo jurídico vai propiciar a destruição de todos esses arranjos anteriormente elencados.

Em exemplo mais prático seria a Prefeitura Municipal fazendo as arrumações durante o dia e os marginais destruindo a noite, além da perda de recursos, há o evidente desgaste do Chefe do Executivo Municipal, cada dia mais cobrado, cada dia tendo de prestar contas mais rápidas aos seus eleitores, a população sabe qual o caminho que leva a Prefeitura Municipal, já sabe que a esfarrapada desculpa não convence mais, o povo quer e precisa de segurança.
Outra afirmação recém-inaugurada e que está sendo estratégica e oportunamente inserida no seio das Administrações Públicas Municipais é de que: “As Guardas Municipais custam muito caro para os municípios” e elencam as despesas: Salários, uniformes, calçados, viaturas, motocicletas, equipamentos de comunicação e armamentos, tais afirmações são cortinas de fumaça e “pazadas de areia” nos olhos dos Prefeitos e Prefeitas e em alguns casos em Vereadores e Vereadoras a fim de lhes desestimular a necessária criação dessas agencias de promoção da plena cidadania e garantia de direitos básicos, entre eles o de usufruir de bens, serviços e instalações públicas, poder se locomover em paz e segurança pelas cidades e ter cidades com a observância do ordenamento urbano.
Nas minhas andanças ouvi essa mesma afirmação feita por um Assessor Parlamentar de um determinado Vereador na solenidade de posse de uma Chefe de Executivo Municipal, durante nossa breve conversa, ele com ar de entendido e especialista em Segurança Pública e muitas outras ciências, (Sim meus caros, a Segurança Pública deve ser tratada de maneira cientifica), fez essa falsa afirmação, e citou a fonte, dizendo com orgulho que havia participado de um “Seminário de Segurança Pública em SÃO PAULO”, (O fato de ter sido em São Paulo, dá um certo ar de importância, relevância e da premissa falsa aprendida pelo intrépido marinheiro de primeira viagem, ser algo lógico e verdadeiro).

Em meu modesto entendimento, caro mesmo é pagar com recursos públicos para alguém sem qualificação e vivência no assunto sair repetindo o que ouve nos “Seminários de Segurança Pública”, servindo de multiplicador da mentira pensando estar afirmando a verdade.
Guardas Municipais não são caras, nem são tão pouco baratas, são necessárias e ponto.
Devem estar na conta de investimentos das Prefeituras Municipais e não na conta de despesas, são entes operativos das politicas públicas de segurança nas cidades, estão legal e tecnicamente previstas em diversos diplomas legais, carregam consigo parcela do poder de polícia pertencente aos municípios, se instrumentalizadas, equipadas materialmente, com efetivo humano preparado, e sem interferências, são instrumentos de politicas preventivas em Segurança Pública, podem exercer os poderes de Policia Administrativa e garantir melhor qualidade de vida a comunidade, a concepção de agencias de polícias municipais parece nova, moderna, mas não o é.
A concepção e o modelo de Polícia Municipal nasce junto com a civilização entre os "PRAEFECTUS URBI" com as suas “COORTES URBANAE”, e os "PRAEFECTUS VIGILUM", com as suas "COORTES VIGILUM".

O pensamento hermético e restrito a um determinado foco sempre foi o entrave do progresso e de novas descobertas, a história faz provas disso.



Elvis de Jesus
 Insp Reg de GCM
   gcmelvis@hotmail.com

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RECURSO DE DEFESA OPERACIONAL

O Recurso de Defesa Operacional foi elaborado por profissionais da área de segurança pública, que são lutadores profissionais de MMA (Mixed Martial Arts), e preencheram uma lacuna entre o conhecimento de uma arte marcial e a aplicabilidade profissional. Com a evolução social e o advento da grande divulgação dos combates de mistos de artes marciais, os profissionais da área de segurança (pública ou privada) cada vez mais ganhavam resistência nas suas ações de controle pessoal, que muitas vezes eram sobrepujadas, por agressores, lutadores ou aventureiros, que ganhavam confiança nas investidas contra os agentes, por muitas vezes aprendiam suas técnicas em simples vídeos colhidos na internet. Daí a necessidade da integração dessas duas áreas profissionais, fornecendo aos agentes um recurso de defesa contra novas investidas e a utilização de “técnicas” como agressão.

Com todos os quadros apresentando uma necessidade de capacitação do profissional de segurança, para sua própria proteção, é que foi criado o recurso, tomando-se em conta as experiências vivenciadas pelos agentes no dia a dia e suas especificidades. O RDO foi criado com o intuito de auxiliar os agentes de segurança no exercício de suas funções, onde a necessidade de intervenção por parte do agente determine a imobilização ou condução de um agressor. As intervenções devem sempre observar três aspectos: Prioridade, Necessidade e Responsabilidade, no primeiro o agente avalia o motivo pelo qual estará executando a sua ação e quais as diretrizes a serem adotadas para o evento, no segundo o agente é obrigado a utilizar as técnicas e os meios necessários e apropriados para garantir a integridade de suas funções e o terceiro é onde o agente explora todo o profissionalismo que lhe cabe, controlando emoções, visando uma melhor execução das técnicas e garantindo os direitos de todos os envolvidos no evento.

O Guarda Municipal e Mestre de Capoeira o Sr. Antônio Augusto de Olinda Santos o juntamente com o Policial Militar e Mestre de Luta Livre o Sr. André Gustavo Félix Fernandes, também lutadores profissionais conhecidos no mundo da luta como "Garra" e "Mau-Mau", através dos seus vastos conhecimentos na área operacional e nas artes marciais, desenvolveram inicialmente grandes trabalhos, na capacitação dos profissionais da área de segurança pública, tanto na Guarda Municipal, quanto na Polícia militar do Rio de Janeiro respectivamente. O objetivo desse dois foi alcançado e com a união com outros profissionais, que também viram a necessidade do agente de segurança, aprender a se proteger mesmo sem o uso de armamento, o RDO foi criado e esse trabalho vem sendo realizados em várias esferas de atuação policial, respeitando sempre o sigilo dos treinamentos.