sábado, 29 de junho de 2013

Coronel do Exército afirma que o Brasil está a três passos da guerra civil

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Escrito por Cel. Gelio Fregapani
Segue o artigo do Coronel na íntegra:
Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina.
Falta ainda homologar no Congresso e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
Pela primeira vez em muito tempo, está havendo alguma discussão sobre a segurança nacional. Isto é bom, mas sem identificarmos corretamente as ameaças, não há como nos preparar para enfrentá-las.
A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos:
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
Em certos momentos chega a ser evidente a demolição das estruturas políticas, sociais, psicológicas e religiosas, da nossa Pátria, construídas ao largo de cinco séculos de civilização cristã. Depois, sem tanto alvoroço, prossegue uma fase de consolidação antes de nova investida.
Isto ainda pode mudar, mas infelizmente os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Em havendo, nossa desunião nos prostrará inermes, sem forças para nos opormos eficazmente às pretensões estrangeiras.
A ameaça de conflitos étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista
A multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais preciosas jazidas.
O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios. O CIMI, organismo subordinado à CNBB, não cuida da evangelização dos povos indígenas segundo o espírito de Nóbrega, Anchieta e outros construtores de nossa nação. Como adeptos da Teologia da Libertação, estão em consonância com seus colegas que atuam no continente, todos empenhados na fermentação revolucionária do projeto comuno-missionário Abya Yala.
O processo não se restringe ao nosso País, mas além das ações do CIMI, a atuação estrangeira está clara:
— Identificação das jazidas: já feito;
— atração dos silvícolas e criação das reservas sobre as jazidas: já feito;
— conseguir a demarcação e homologação: já feito na maior parte;
— colocar na nossa Constituição que tratados e convenções internacionais assinados e homologados pelo congresso teriam força constitucional, portanto acima das leis comuns: já feito;
— assinatura pelo Itamarati de convenção que virtualmente dá autonomia à comunidades indígenas: já feito.
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola
A UnB foi contratada pelo Governo para fazer o mapa dos quilombolas. Por milagre, em todos os lugares, apareceram "quilombolas". No Espírito Santo cidades inteiras, ameaçadas de despejo. Da mesma forma em Pernambuco. A fronteira no Pará virou um quilombo inteiro.
Qual o processo? Apareceram uns barbudos depiercings no nariz, perguntando aos afro-descendentes: "O senhor mora aqui?" "Moro." "Desde 1988?" (o quilombola que residisse no dia da promulgação da Constituição teria direito à escritura). "Sim". "Quem morava aqui?" "Meu avô." "Seu avô por acaso pescava e caçava por aqui?" "Sim" "Até onde?" "Ah, ele ia lá na cabeceira do rio, lá naquela montanha." "Tudo é seu." E escrituras centenárias perdem o valor baseado num direito que não existe. Não tenho certeza de que isto não seja proposital para criar conflitos.
Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez os primeiros a eclodir
O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
O ambientalismo distorcido, principal pretexto para uma futura intervenção estrangeira
Já é consenso que o ambientalismo está sendo usado para impedir o progresso, mesmo matando os empregos Caso se imponham os esquemas delirantes dos ambientalistas dentro do governo, com as restrições de uso da terra para produção de alimentos, um terço do território do País ficará interditado a atividades econômicas modernas.
Há reações, dos ruralistas no interior do País, nas elites produtivas e até mesmo em setores do governo, mas as pressões estrangeiras tendem a se intensificar. Se bem que raramente o meio ambiente serviu de motivo para guerra, hoje claramente está sendo pretexto para futuras intervenções, naturalmente encobrindo o verdadeiro motivo, a disputa pelos escassos recursos naturais.
No momento em que a fome ronda o mundo, o movimento ambientalista, a serviço do estrangeiro, mas com respaldo do governo e com apoio de uma massa urbana iludida, chama de "terra devastada" àqueles quadrados verdejantes de área cultivada, que apreciamos ver na Europa e nos Estados Unidos, e impede a construção de hidrelétricas para salvar os bagres. Com a entrada da Marina Silva na disputa eleitoral, nota-se, lamentavelmente, que todos os candidatos passarão a defender o ambientalismo, sem pensar se é útil para o País.
A três passos da guerra civil
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
Várias fontes de conflito estão para estourar, dependendo da radicalização das más medidas, particularmente do Ministério da Justiça:
— Roraima não está totalmente pacificada;
— o Mato Grosso do Sul anuncia revolta em função da decisão da Funai em criar lá novas reservas indígenas;
— no Rio Grande, os produtores rurais pretendem reagir às provocações do MST;
— Santa Catarina ameaça usar a PM para conter a fúria ambientalista do ministro Minc, que queria destruir toda a plantação de maçã.
Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.
O cel. Gelio Fregapani é escritor, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
Fonte: Conservadorismo Brasil.
Postado pelo Subinspetor S. Santos - GMRIO
Gestor de Segurança Pública Municipal
Gestor de Recursos Humanos

PESQUISA DO IBGE REVELA ALGUMAS PECULIARIDADES DAS GUARDAS NO BRASIL.

Só 15% das cidades brasileiras têm guarda municipal, a maior parte armada, diz IBGE

Daniel Milazzo

Apenas 15,5% das cidades brasileiras possuem Guarda Municipal e, desse total, apenas 16,3% não utilizam arma de fogo. É o que revela estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado , com base em dados de 2009.
De acordo com a lei, a prefeitura é que decide se a guarda municipal usará ou não armas. No Rio de Janeiro, está estabelecido que Guardas Municipais não podem usar armamentos letais.
A existência das Guardas Municipais nas cidades está ligada ao tamanho da população: existe guarda municipal em 87,5% dos municípios com mais de 500 mil habitantes; essa força policial está presente em apenas 2% daqueles com menos de 5.000 habitantes.
Ainda de acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) do IBGE -- que submeteu questionários a 5.565 prefeituras de todo o país --, entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, a taxa de guarda municipal chega a 54,3%. Nas cidades com população inferior a 5.000 habitantes, porém, o índice é de 8%.
Não há guarda municipal no Estado do Acre. Já o Rio de Janeiro é o Estado com o maior índice de municípios que dispõem do serviço: 73,9%.
Dados do IBGE indicam também que em 95% dos municípios a remuneração inicial dos guardas municipais equivale a três salários mínimos. Em 275 municípios, no entanto, esse piso era inferior a um salário mínimo e 78,5% dessas localidades estão na região Nordeste.
O estudo indica que o percentual de mulheres na corporação é muito inferior ao dos homens, 13,4% e 86,6%, respectivamente. Desde 2006, houve ligeiro aumento da presença feminina no quadro das guardas, 0,4%.
O Munic constatou que, em 2009, 18,4% dos municípios com essa organização não realizavam qualquer tipo de capacitação ou treinamento. Por outro lado, em 64% dos municípios com guarda municipal, os profissionais tiveram aulas de Direitos Humanos. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes, todos integrantes da corporação cursaram a disciplina.
Em 2006, 72% dos municípios com guarda municipal não possuíam corregedorias ou ouvidorias. Segundo o Instituto, em 2009 essa taxa caiu para 67,6%.
De acordo com a Constituição, "os municipios poderão constituir guardas destinadas a proteção de seus bens, serviços e instalações". A função da guarda é proteger o cidadão, e realizar a prevenção primária do delito. Elas trabalham em parceria com outras forças policiais e na prevenção do crime.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

CONFRONTO ENTRE MANIFESTANTES E UNIDADE DE CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS DE FORTALEZA

http://www.policiamunicipaldobrasil.com/index.php?pg=3&sub=4731
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GUARDA CIVIL MUNICIPAL DE IBIÚNA REMOVE MOTOCICLETA IRREGULAR NA ÁREA CENTRAL

Na data de 25/06/2013 ao efetuar patrulhamento pela área central da cidade a equipe da viatura de prefixo 04 com os GCM'S REGINALDO E BUENO, se depararam com uma motocicleta trafegando pela rua XV DE NOVEMBRO, momento em que o condutor foi abordado e ao proceder em revista pessoal nada de ilícito foi encontrado porém ao solicitar documentação da motocicleta foi constatado estar em dia a documentação porém seu condutor não é habilitado, fato este confirmado via pesquisa INFOSEG. Em seguida foi acionado o serviço de guincho que compareceu ao local e removeu a motocicleta para o pátio PARONITI.

A INFOSEG é uma ferramenta muito importante disponibilizada pela SENASP para todos os órgãos de segurança pública.
Subinspetor S. Santos - GMRIO

                Controle de Distúrbio Civil: as GCMs estão preparadas ?

segunda-feira, 24 de junho de 20132comentários

           *Siderley Lima



Os protestos motivados pelo preço da passagem de ônibus espalhou-se rapidamente  pelas principais metrópoles brasileiras e atingiu uma repercussão jamais vista, o movimento já entrou para a história ultrapassando o número de pessoa das “diretas já”em 1984 e o pedido de afastamento do cargo do presidente Ferando Collor em 1992.

Os últimos acontecimentos despertam no país alguns assuntos que até pouco tempo atrás não havia muita preocupação. Manifestações bem orquestradas, inicialmente com lideranças bem articuladas e uma causa justa. Não vou entrar no mérito dos motivos e reivindicações.

Os causadores do movimentos além do aumento das passagens estava as causas sociais, políticas, religiosas omissão e falência das autoridades. Tudo o que estava no manual de Controle de Distúrbios Civis acontecem, tudo de uma vez só. Entre os últimos dias dos acontecimentos, destaco a tentativa de invasão a prefeitura de SP que foi impedida pela Inspetoria de Operações Especiais da Guarda Civil Metropolitana. De forma organizada e com treinamento conseguiu de forma brilhante impedir a entrada de manifestantes. Tendo o merecido destaque em varios meios de comunicação.

Agora faço a seguinte pergunta: Quantas Corporações de Guardas Municipais estão preparadas para o confronto semelhante a de São Paulo? Quantas tem equipamentos ? Quantas já realizaram algum tipo de treinamento de controle de distúrbio civil ? Lembrando que até pouco tempo atrás a GCM de SP estava proibida de realizar tal treinamento, sendo que os equipamentos haviam sido recolhido da referida Inspetoria, o detalhe é que havia voltado aos treinamentos há pouco tempo.

Em uma rápida pesquisa principalmente em SP, sem nos aprofundar em outros estados vejam o balanço: Ônibus apedrejados; próprios públicos pichados; Tentativa de invasão prefeitura de SP; tentativa de invasão no Palácio do Governo; Lojas saqueadas; policiais feridos; Caos implantado nos horários de picos; transtorno a população não envolvida; Carros da imprensa queimados; Base da PM queimada; Guaritas da PM arrancadas do lugar; Incêndio a ônibus; A Prefeitura de São Paulo informou que recebeu relatos de uma tentativa de invasão no Teatro Municipal e todas as entradas foram fechadas. Os vitrais na fachada foram pichados;
Exemplo de equipamento completo GCM de Salvador/BA
 Infelizmente algumas corporações espalhadas pelo país não teriam a mínima condição de realizar tal missão. Agora reflitam comigo : "Se uma corporação não consegue nem fazer a segurança de uma prefeitura que é o coração ou o cérebro  da administração pública municipal devido a falta de treinamento ou aquisição de equipamentos, de quem é a culpa ? Se houvesse manifestações em todas as cidades, as GCMs teriam condições de evitar igual a GCM de SP ? 

Após duas semanas de passeatas e tumultos, as corporações precisam rever seus conceitos no que diz respeito a segurança dos próprios públicos em especial a segurança do Paço Municipal de cada Cidade. A aquisição de equipamentos e o treinamento adequado são fundamentais.

O movimento foi  pacífico em alguns locais, porém  alguns grupos agiram de forma totalmente fora de contexto. Fica uma lição “ é  impossível saber quem está numa manifestação com milhares de pessoas. Porém é inadmissível fingir que entende de segurança e não ter preparo algum.!

Siderley Andrade de Lima, GCM de Jandira, exerceu a função de Supervisor responsável pela coordenação de cursos e treinamentos, ex-subcomandante. É consultor de segurança patrimonial, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurançahttp://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor dos livros Manual Básico do Instrutor de Armamento e Tiro e Sobrevivência Policial no Confronto Armado.

siderleyandrade@yahoo.com.br

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25 de junho de 2013 10:45
Falta comprometimento com a segurança pública por parte da maioria dos gestores municipais. Alguns tratam o Departamento da Guarda Municipal como um verdadeiro "cabide de emprego". Colocando gente totalmente despreparada e sem o devido conhecimento do tema GCM. Isso só melhorará quando os gestores tomarem consciência da importância da profissionalização das Guardas Municipais, lembrando que Guarda entende de Guarda e PM de PM, não devemos misturar as coisas, sob pena de desvirtuarmos as atribuições pertinentes.Os integrantes das GCMs devem ser todos de carreira, sem ter comissionados despreparados, geralmente em cargos de chefia, por acordos políticos e ineficiência dos gestores. Aí sim teremos Guardas Municipais bem treinadas e principalmente bem equipadas. Há muito tempo venho falando sobre a necessidade de treinamento e aquisição de equipamento de C.D.C. para as GCMs, mas sempre sem sucesso algum, as prioridades do gestor são outras. Espero que o próprio gestor não sinta na pele a falta desses equipamentos numa eventual investida de manifestantes contra seu gabinete.
Anônimo
25 de junho de 2013 12:32
A maioria das Guardas Municipais do Brasil, quase todas, não tem preparo nenhum para esse tipo de atividade. Com relação à GCM de São Paulo discordo que ela tenha "impedido brilhantemente" a invasão da prefeitura, os guardas foram recuando, recuando até se trancarem dentro do prédio, só não houve a invasão graças aquelas grades gigantes que existiam nas portas, essas sim uma proteção brilhante. Os poucos guardas que tentaram reagir à invasão foram impedidos pelos outros guardas, que só fizeram recuar. Já a Guarda de Belém-PA, essa sim realmente impediu a invasão, inclusive utilizando bombas de efeito moral, a Guarda de Campinas-SP também.

Guarda de Jundiaí se arma com tecnologia para controle de distúrbios civis

terça-feira, 25 de junho de 20130 comentários

GM de Jundiaí compra dez armas de choque, ao custo de R$28,7 mil, e reforça seu equipamento não letal

FÁBIO PESCARINI

jornalismo@bomdiajundiai.com.br

A Guarda Municipal de Jundiaí anunciou a compra de dez armas de choque, ao custo de R$ 28,7 mil, previstas para chegarem à corporação em três meses, tempo suficiente para aprendizado e treinamento para se usar o novo equipamento.
As pistolas, modelo Spark, são produzidas pela marca nacional Condor, têm alcance de até dez metros, podem fazer dois disparos seguidos, e vão substituir as de modelo Taser, que deveriam ter chegado há um ano, mas tiveram a sua compra cancelada pela Guarda, depois que o brasileiro Roberto Laudisio Curti, 21 anos, foi morto em março de 2012 pela polícia de Sydney, na Austrália, que usada o equipamento.

Equipamentos / As novas armas de choque se juntam ao armamento não letal já disponível pela Guarda, composto por bombas de efeito moral e de gás de pimenta, com disparadores, e rifles para disparos de balas de borracha. Esse armamento foi usado uma única vez, durante uma tentativa de invasão a área pública no Fazenda Grande, mas sem vítimas.

“É nosso penúltimo recurso [o último são armas letais], para ser usado quando há risco muito grande e já se esgotaram todas as formas de negociação”, afirma Cláudio Ferigato, inspetor e coordenador operacional da GM, que no próximo mês irá ao Rio de Janeiro fazer um curso para se tornar instrutor no uso da Spark. “Serei um agente multiplicador”, explica.
Ferigato já é formado em tecnologia não letal e outros dois ou três GMs deverão estar especializados em breve também.

Apesar de ter usado os equipamentos não letais apenas uma vez, guardas municipais de Jundiaí passaram por recente treinamento com oficiais do Exército no 12º GAC (Grupo de Artilharia e Campanha). “Foi um ótimo exercício”, diz.

Escola / Onze novos guardas municipais de Cabreúva, cidade integrante do Aglomerado Urbano de Jundiaí, foram formados este mês pela GM de Jundiaí. E entre aulas de defesa pessoal e tiro, aprenderam a usar armas não letais.

Para o próximo semestre, de acordo com nota divulgada pela Prefeitura de Jundiaí em seu site ontem, está programada a formação de 30 novos guardas de Caieiras.

MAIS

Curso de formação para a região é referência
Segundo o comandante José Roberto Ferraz, da Guarda Municipal, o curso de instrução e formação tem por objetivo motivar e valorizar atitudes de cidadania, cooperação e respeito às leis.
Vizinhos aprendem sobre preservação ambiental
Os GMs de Cabreúva também passaram por uma aula prática de campo, ao conhecerem a Serra do Japi. A jornada teve início na Base Ecológica e seguiu até o Posto Avançado 11.

270 
É o número de GMs na cidade de Jundiaí
Exército precisa autorizar o uso do equipamento pela GM
De acordo com o inspetor coordenador operacional Cláudio Ferigato, as armas compradas pela Guarda Municipal de Jundiaí devem chegar em três meses, pois também leva esse tempo a aprovação do Exército para que sejam usdas pela corporação.
E foi o próprio Exército que homologou a arma brasileira no fim de 2011. 
De acordo com o fabricante, a Spark corta automaticamente a corrente após 5 segundos do momento do disparo, o que dificulta a ocorrência de choques prolongados de forma involuntária (a memória do dispositivo armazena os últimos 1 mil disparos, para que possa haver auditoria sobre seu uso). Além disso, libera 40% menos energia transferida durante o choque, suficiente para incapacitar temporariamente um indivíduo e com muito mais segurança, reduzindo ao máximo o risco de acidentes como os ocorridos com dois brasileiros, um na Austrália e outro em Santa Catarina, no ano passado.

A arma tem uma espécie de GPS, que permite saber quem usou e em que local.

A compra de “dispositivo elétrico incapacitante e acessórios” foi assinada pelo comandante José Roberto Ferraz e publicadas na “Imprensa Oficial” do município de terça-feira passada.

Fonte:http://www.encontreinarede.com

       BOA VISTA/RR - Guardas cobram uso de armas de fogo




RIBAMAR ROCHA
Editoria de Cidade

O aumento da violência nas ruas de Boa Vista vem sendo motivo de preocupação por parte de agentes da Guarda Municipal, que também têm sido alvos de ações de assaltantes e membros de galeras. Por essa razão, o presidente do Sindicato da Guarda Municipal, Deidson Câmara, defende que a categoria precisa portar arma de fogo para defender e proteger o patrimônio público da ação dos bandidos e até para a integridade física do guarda.
“Os guardas municipais trabalham apenas com bastões e algemas para proteger os bens e os órgãos públicos. E os bandidos, até menores, chegam armados e ameaçando. Assim não dá para desenvolver um bom trabalho. Para isso, é necessário ter as ferramentas adequadas, já que só a presença do guarda não intimida a ação dos bandidos”, disse.
Deidson citou o ataque que três guardas municipais sofreram, no início deste mês, por aproximadamente vinte galerosos. Lembrou também dos ataques que acontecem quase que diariamente no Terminal de Ônibus do Centro, além de relatos de quatro guardas que foram esfaqueados. “E não podemos faze nada. Nossa própria vida está em risco”, afirmou.

Ele citou o assalto a dois caixas eletrônicos do Banco do Brasil instalados no Palácio 9 de Julho, sede da Prefeitura de Boa Vista, entre outras situações. Para ele, isso acontece porque os bandidos sabem que a segurança é frágil e não tem armamento. 

“Podemos citar o exemplo da Secretaria de Finanças da Prefeitura, que tem dois caixas eletrônicos e um banco de arrecadação. Ficamos apreensivos de que possa acontecer algo porque lá só tem um guarda municipal desarmado”, lembrou. No entendimento do sindicalista “falta vontade da prefeitura para resolver a questão que a cada dia fica mais difícil”.
O líder sindical explica que a Constituição Federal ampara a utilização de armamento ao dizer que é “facultado o uso de armas a órgãos públicos federais, estaduais ou municipais que organizem e mantenham serviços orgânicos de segurança”. “Para termos esse poder de usar armas, cabe tão somente a Prefeitura, mas não vemos interesse para que isso aconteça”, afirmou. 

Ele informou que já procurou a prefeita Teresa Surita (PMDB) para conversar e encontrar uma solução para o problema e destacou que esse projeto foi promessa de campanha. “Mas até agora nada foi resolvido, inclusive tem um projeto do vereador Guarda Alexandre e soubemos que já chegou à mesa da prefeita. E ela afirmou que vai armar a Guarda Municipal, mas não dá mais para esperar, tem que ser agora”, afirmou. 

TREINAMENTO - Deidson Câmara explicou que, caso os guardas venham a usar arma de fogo, o contingente dos 292 guardas passará por um rigoroso treinamento para manuseio correto da arma, de modo que não se coloque a vida de terceiros nem a própria em risco.
“Nos já somos formados pela Academia de Polícia, o que falta é um treinamento específico sobre o manuseio da arma. Nós temos em Boa Vista uma boa academia que pode nos dar esse treinamento. Discordo quando a prefeitura diz que não tem dinheiro para comprar o armamento, já que sabemos que o Estado tem armamento sobrando e que pode fazer doação à Guarda”, complementou.

PREFEITURA - A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (SMST) informou que está estudando a possibilidade de armar os guardas municipais. A análise observa a viabilidade de compra dos equipamentos necessários, inclusive a possível aquisição de armamento não letal, além da capacitação dos profissionais.

OAB diz que uso de armas tem amparo legal

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Roraima (OAB/RR), Jorge Fraxe, afirmou que o uso de armas pelos agentes da Guarda Municipal de Boa Vista encontra amparo legal. “Hoje temos uma legislação que alberga a possibilidade do uso de armas pelos guardas municipais em capitais e em municípios com mais de 500 mil habitantes, seja no trabalho e até fora dele. Então Boa Vista está incluída”, afirmou.
Fraxe informou que desde 2003 existem vários projetos de lei a Câmara Federal e a criação do Estatuto das Guardas Municipais que tratará desse assunto com menos de 500 mil habitantes e que não sejam capitais.

“Com isso, esses municípios terão suas Guardas Metropolitanas e instituirão o uso de armas”, disse. “Antes, quando criadas as guardas municipais, era para cuidar do patrimônio público. Agora não. Há uma possibilidade de integração e de um trabalho em rede. Então por que não inserir a Guarda Municipal nessa rede de segurança juntamente com a Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal? Com isso, quem ganha é o cidadão, afirmou.
Fraxe destacou ainda que os guardas devam passar por um treinamento para manuseio das armas, até pelo treinamento anterior que nãos os preparam para esse tipo de equipamento. “Nós temos como treiná-los e colocá-los na rua para dar mais segurança a eles mesmos e a população”, frisou. (RR)

Entrevistados aprovam

Vidalene Corrêa, 18 anos, estudante: “Concordo, desde que se use de maneira correta, para o bem da sociedade e pelo zelo ao patrimônio público”.
Evaldo Correia, 55 anos, empresário: “É preciso ter o equilíbrio de forças com relação à bandidagem que chega armada, e sem uma arma o guarda fica a mercê dos bandidos”.
Francisco Alves Onofre Ramalho, auxiliar administrativo, 46 anos: “Concordo. Os guardas já têm a autoridade de preservar e manter a ordem na cidade e diante de tanta violência eles tem que ter o uso de armas”.
Aroldo Borges Gomes, 37 anos, farmacêutico: “Devido à crescente violência em nossa cidade, eu concordo. Mas só depois que eles passarem pelo processo de treinamento e estiverem preparados para usar esse tipo de suporte”. 
Marcos Balbino, 28 anos, frentista: “Sim, eles têm que andar armado para a segurança deles e para ter uma reação melhor frente aos bandidos. Tem que trabalhar armado”. 
Antônio Alberto de Souza, 47 anos, professor: “Concordo. É uma forma de tentar coibir a violência e de se proteger também. Tantos os guardas como a população”


Postado por 

          PORTE DE ARMA - GUARDA CIVIL METROPOLITANA


SEGURANÇA - COMUNICAÇÃO 
Enviada em: terça-feira, 25 de junho de 2013 11:33
Assunto: COMUNICADO 132/2013 - PORTE DE ARMA

ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO



COMUNICADO 132/13
         


PORTE DE ARMA

O Secretário Municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto, informa a todos os integrantes da Guarda Civil Metropolitana que foi publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, no dia 24 de junho de 2013, o extrato do Convênio celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo e a Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado de São Paulo, referente à autorização de porte arma, cujo documento dará direito ao uso de arma de fogo de propriedade da Guarda Civil Metropolitana e particular, em serviço ou fora dele, e dentro dos limites territoriais do Estado.


Roberto Porto
Secretário Municipal de Segurança Urbana


S.M.S.U/ ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO
Rua Augusta, 435 – Consolação – CEP 01305-000 - São Paulo


SEGURANÇA URBANA E CORRUPÇÃO

Siderley Lima

As políticas de Segurança Pública nos estados não conseguem mais conter os avanços da criminalidade, a violência se espalha e, no dia-a-dia, a estrutura de segurança pública tem sido incapaz de conter o avanço da criminalidade. Em todas as classes sociais as pessoas são vítimas diárias da bandidagem. O trabalho da polícia tem sido cada vez mais difícil para inibir os criminosos, a sensação de “enxugar gelo ” aumenta entre os agentes que aplicam as leis, com isso aumenta o número de profissionais corruptos e desmotivados. Entra governo sai governo e é sempre a mesma história, época de eleições e vários candidatos com propostas para a segurança pública. Enquanto isso a criminalidade cresce, mas então de quem é a culpa?Não queremos achar o culpado, e sim quem possa mostrar as soluções, mas quem irá apresentar a solução?
Como base no texto a seguir,apresento alguns dos problemas relacionados com a segurança pública, o texto foi publicado há onze anos, o interessante é que parece tal atual, tirem suas conclusões."
O congresso diz que os Governadores precisam exercer sua autoridade para fazer as polícias Militar e Civil trabalharem em parceria. Governadores dizem que a criminalidade cairá se os grandes bandidos forem isolados em prisões mantidas pelo governo Federal. O governo federal diz que não pode administrar prisões porque o congresso não aprova lei nesse sentido. O congresso Nacional diz que o governo Federal não mobiliza sua bancada para tratar do assunto. O governo federal afirma que a responsabilidade maior é dos Governadores,pois são eles que têm a policia. Os governadores dizem que a policia deles prende, mas a Justiça solta. A Justiça alega que cumpre a lei . O Congresso diz que as leis não atrapalham tanto, o que faz a Justiça lenta é a má administração e a improdutividade. A Justiça diz que não é lenta, o que falta é contratar mais juízes. O governo Federal diz que a Justiça tem funcionários demais e alega que boa parte do seu tempo é gasta refazendoo trabalho da policia. " Revista Veja, em 30 de janeiro de 2002.



Dentro da segurança pública, temos uma atividade que se destaca algumas vezes positivamente pela sua atuação e na maioria das vezes todos os problemas relacionados com os índices de crimes são apontados como de sua responsabilidade. A atividade policial seja ela exercida pelas policias civis, militares e pelas GCMs é vista na maioria das vezes como um mal necessário, é criticada por muitos e reconhecida por poucos, o erro é duramente criticado, os acertos muitas vezes não são lembrados. Anda lado a lado com o êxito e o fracasso.
No combate a violência, depositam todos os problemas na atividade policial, rara as vezes que houve uma intervenção de suas origens, capaz de desenvolver um trabalho visando o desenvolvimento de uma cidade que melhore condições de segurança para a população.Em uma sociedade adoecida, devido ao crescimento da violência, no qual os problemas da criminalidade reúne diversos fatores sendo eles: psicológicos, sociais, econômicos, políticos e culturais,a atividade policial é como um remédio, um remédio forte que muita das vezes se não for aplicado de forma correta pode causar efeitos colaterais, o trabalho policial não faz parte do problema na segurança pública e sim parte da solução.
Infelizmente uma das características que serve de ingrediente nas estruturas criminosas é a corrupção, seja ela através do judiciário ( venda de sentenças), corrupção de policias, patrocínios de campanhas políticas, envolvimento de políticos com esquemas de desvio de verbas. O crime organizado possui conexões e ligações social, econômica e política, desta forma realizam a lavagem de dinheiro tornando suas praticas mais difíceis de combatê-las.
No combate a criminalidade, dentro das políticas de redução o trabalho de policiamento é considerado linha de frente, é semelhante a infantaria no campo de batalha,atividade policial seja ela exercida pelas policias civis, militares e pelas GCMs é vista na maioria das vezes como um mal necessário, é criticada por muitos e reconhecida por poucos, o erro é duramente criticado, os acertos muitas vezes não são lembrados. Dentro de todo o cenário uma verdade é certa, trabalho policial anda lado a lado com o êxito e o fracasso, existindo duas certeza : ou se aplica a lei ou se corrompe.

* Siderley Andrade de Lima, GCM de Jandira, exerceu a função de Supervisor responsável pela coordenação de cursos e treinamentos, ex-subcomandante. É consultor de segurança patrimonial, graduado do curso de Gestão em segurança privada pela Universidade Paulista, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site de segurança www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, autor do livro Manual Básico do Instrutor de Armamento e Tiro.


domingo, 23 de junho de 2013

A FALTA DE INCENTIVO E RECONHECIMENTO AO PROFISSIONAL OPERADOR DA SEGURANÇA URBANA


Na atual conjuntura econômica e regional em que vivemos, a falta de estrutura, o descaso da maioria dos Gestores Municipais para com os seus Agentes e para com a Segurança Urbana, o aumento crescente da criminalidade e os péssimos salários que os operadores municipais da Segurança Urbana ganham atualmente na maioria das prefeituras do país. Pois, grande parte dos Gestores Municipais não possui interesse em estar investindo e estruturando as suas Guardas Civis , por descaso, desconhecimento no grande potencial destas corporações ou, até mesmo por influências de membros das Polícias Militares infiltrados na maioria da prefeituras do Brasil.
Estes indivíduos, com ideologias e modus-operandi já ultrapassados e arcaicos, oriundos da repressão e da Ditadura Militar, tentam a todo custo dificultar a criação de novas Guardas Civis ou, desestruturam ou desestabilizam as já existentes.
Em muitas cidades onde existe a influência e conivência do Executivo Municipal com estes indivíduos oriundos das Polícias Militares, existe a desestruturação e descaso para com os Agentes Municipais e as incoerências dos investimentos contraditórios em outros setores como a tal Operação Delegada. Onde, policiais militares trabalham para os municípios nos horários de folga, realizando a fiscalização do comércio informal, maquiando desta forma sensação de insegurança e uma falsa diminuição da criminalidade, pois simplesmente os criminosos migram para outras regiões e continuam a cometer os mesmos crimes.
Na prática, o que constatamos é a disseminação destas ações contraditórias e altamente degradantes para os agentes municipais e onerosas para os cofres públicos. Ações estas que, desestruturam, desestimulam, provocam um grande desinteresse, falta de comprometimento, péssimos salários e um grande número de pedidos de exoneração, devido ao alto grau de risco exercido pelos agentes das Guardas Civis diariamente em decorrências de suas atribuições legais, inerentes à função de agente da autoridade. Riscos estes, que muitas vezes se refletem na vida funcional, pessoal e familiar.
O descaso e a falta de comprometimento por parte de alguns Gestores Municipais é tanta que, alguns chegam ao absurdo de gastarem mais com a Operação Delegada do que com os seus próprios agentes, ou seja, os Guardas Civis que são os verdadeiros operadores da Segurança Urbana dentro dos Municípios.
As Guardas Civis são atualmente uma alternativa coerente e lógica no combate ao crescente índice de criminalidade e sensação de insegurança que existe atualmente em grande parte das cidades brasileiras.Algumas cidades, dado suas dimensões, peculiaridades e riqueza, se houvesse o interesse político seria facilmente possível transformar muitas das Guardas Civis em uma Polícia Municipal de nível de 1° Mundo, com estrutura e salário igual ou melhor que o da Polícia Federal.
Uma outra questão questionável sobre as famigeradas Operações Delegadas implantadas em diversos municípios seria referente à fiscalização destes agentes estaduais no âmbito da municipalidade, pois atualmente há uma certa bagunça e descontrole destas ações em muitos municípios.
A Segurança Pública no Brasil necessita urgentemente ser reformulada e direcionada para os novos modelos com sua consequente municipalização, transformando as Guardas Civis em Polícias Municipais. Um passo importante neste sentido já está sendo dado com a PEC 534/02, que ainda necessita de interesse da maioria dos políticos e de apoio da opinião pública.
Em minha opinião, as cidades com maior potencial deveriam elaborar mudanças em suas leis orgânicas, atribuindo novas funções, reestruturando as já existentes e, principalmente inserindo em suas leis orgânicas no quesito atribuições da Guarda Civil, a segurança e proteção do cidadão em todo o perímetro territorial do município.
Outra mudança que eu acho importantíssima é a questão salarial e de qualificação, onde para tanto, eu considero que se deveria inserir a obrigatoriedade para início na carreira de Guarda Civil o nível superior, com salário de no mínimo R$ 5000,00. Para com isso, fortalecer o alicerce da instituição e captar profissionais qualificados e estimulados nos próximos concursos de ingresso.
Pois, no pouco conhecimento que tenho, aliado à minha experiência prática como Agente da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, eu posso declarar que, a Guarda Civil no âmbito geral, é composta por profissionais altamente qualificados, em sua grande maioria já graduados em cursos de nível superior e, dotados de iniciativa e coerência em suas ações e decisões, sempre pautadas nos Direitos Humanos e no respeito ao Cidadão.
Aproveito a oportunidade para parabenizar o meu amigo Naval por sua persistência, dedicação, amor e profissionalismo na incansável luta em defesa e desenvolvimento das Guardas Civis de todo o Brasil.
Declaro ainda que, eu não falo e nem represento a Instituição Guarda Civil Metropolitana e tampouco o Poder Público.

SANTANA
Jornalista / Teólogo
www.policiamunicipaldobrasil.com

RECURSO DE DEFESA OPERACIONAL

O Recurso de Defesa Operacional foi elaborado por profissionais da área de segurança pública, que são lutadores profissionais de MMA (Mixed Martial Arts), e preencheram uma lacuna entre o conhecimento de uma arte marcial e a aplicabilidade profissional. Com a evolução social e o advento da grande divulgação dos combates de mistos de artes marciais, os profissionais da área de segurança (pública ou privada) cada vez mais ganhavam resistência nas suas ações de controle pessoal, que muitas vezes eram sobrepujadas, por agressores, lutadores ou aventureiros, que ganhavam confiança nas investidas contra os agentes, por muitas vezes aprendiam suas técnicas em simples vídeos colhidos na internet. Daí a necessidade da integração dessas duas áreas profissionais, fornecendo aos agentes um recurso de defesa contra novas investidas e a utilização de “técnicas” como agressão.

Com todos os quadros apresentando uma necessidade de capacitação do profissional de segurança, para sua própria proteção, é que foi criado o recurso, tomando-se em conta as experiências vivenciadas pelos agentes no dia a dia e suas especificidades. O RDO foi criado com o intuito de auxiliar os agentes de segurança no exercício de suas funções, onde a necessidade de intervenção por parte do agente determine a imobilização ou condução de um agressor. As intervenções devem sempre observar três aspectos: Prioridade, Necessidade e Responsabilidade, no primeiro o agente avalia o motivo pelo qual estará executando a sua ação e quais as diretrizes a serem adotadas para o evento, no segundo o agente é obrigado a utilizar as técnicas e os meios necessários e apropriados para garantir a integridade de suas funções e o terceiro é onde o agente explora todo o profissionalismo que lhe cabe, controlando emoções, visando uma melhor execução das técnicas e garantindo os direitos de todos os envolvidos no evento.

O Guarda Municipal e Mestre de Capoeira o Sr. Antônio Augusto de Olinda Santos o juntamente com o Policial Militar e Mestre de Luta Livre o Sr. André Gustavo Félix Fernandes, também lutadores profissionais conhecidos no mundo da luta como "Garra" e "Mau-Mau", através dos seus vastos conhecimentos na área operacional e nas artes marciais, desenvolveram inicialmente grandes trabalhos, na capacitação dos profissionais da área de segurança pública, tanto na Guarda Municipal, quanto na Polícia militar do Rio de Janeiro respectivamente. O objetivo desse dois foi alcançado e com a união com outros profissionais, que também viram a necessidade do agente de segurança, aprender a se proteger mesmo sem o uso de armamento, o RDO foi criado e esse trabalho vem sendo realizados em várias esferas de atuação policial, respeitando sempre o sigilo dos treinamentos.