domingo, 21 de abril de 2013

                      Guardas Municipais vão mostrar dotes olímpicos

Corporação abre na próxima quarta-feira terceira edição de olimpíada interna

POR Angélica Fernandes
Rio -  Por sete dias, mais de 700 guardas municipais do Rio vão deixar a caneta e o bloquinho de lado para sair em busca de uma medalha olímpica. Na Semana Esportiva da Guarda, que entra na sua terceira edição na próxima quarta-feira, haverá competições para todos os gostos: desde corrida rústica até o sambo, arte macial russa ainda pouco conhecida.
Na corporação carioca, difícil é encontrar algum agente que não tenha sido atleta. Atualmente, 120 guardas recebem apoio e compõem a comissão desportiva da instituição, criada exclusivamente para revelar craques do esporte, como a motociclista do Grupamento de Operações Especiais, a campeã de bodyboarding Gabriela Gouveia, de 38 anos.
O comandante do 1º Grupamento Especial de Trânsito, Marco Aurélio Pereira, pratica jiu-jitsu: ele vai competir na semana esportiva da Guarda | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
O comandante do 1º Grupamento Especial de Trânsito, Marco Aurélio Pereira, pratica jiu-jitsu: ele vai competir na semana esportiva da Guarda | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
“Hoje sou conhecida nas ruas como a guarda que surfa”, brinca Gabriela, que tem uma preparação física de dar inveja. Além de correr na areia e fazer musculação, Gaby, como é conhecida entre os amigos, surfa em média 3 horas nas águas de Copacabana durante as folgas.
“Preciso de condicionamento pois meu trabalho me exige muito. Tenho que ter disposição para pilotar quanto tempo for necessário”, explica a guarda, que no domingo vai suar a camisa. Durante o dia ela participará da corrida rústica e, à tarde, parte para uma competição de bodyboarding em Niterói.
Para o presidente da comissão desportiva da corporação, o comandante do 1º Grupamento Especial de Trânsito, Marco Aurélio Pereira, a prática de esporte na rotina de um guarda é imprescindível. “Passamos a maior parte do dia em pé. Se não praticarmos esporte, não vamos conseguir cumprir bem nosso trabalho”, explica Pereira, que também é atleta profissional.
Em 2011, ele foi campeão sul-americano de kickboxing, no Paraguai. Na semana olímpica, o comandante vai competir em futsal, jiu-jitsu e na corrida. “É bom sentir o espírito olímpico”, encerra.
Motociclista do Grupamento Operações Especiais, Gabriela é campeã de bodyboarding | Foto: Divulgação
Motociclista do Grupamento Operações Especiais, Gabriela é campeã de bodyboarding | Foto: Divulgação
Do chip no tênis ao sambo da Rússia
A corrida rústica da Guarda promete ser tão profissional quanto uma competição olímpica. Nesta edição, até chip para cronometragem do tempo os guardas atletas vão usar. O equipamento tecnológico, adquirido por R$ 5 mil, será instalado nos tênis dos competidores para dar mais confiabilidade aos resultados da prova, que antes eram verificados por fiscais, visualmente.
Além da inclusão do vôlei feminino nas competições, terá luta pouco conhecida por aqui: o sambo, criado na União Soviética no fim do século 20. A escolha pela arte macial, que será disputada entre quatro guardas, é por conta das técnicas de autodefesa, comuns no curso para GM.
Lições de vida que vão bem além da prática esportiva
Na história dos guardas atletas, há experiências marcantes. O guarda Frankimar Marques, de 38 anos, atua como técnico de um projeto ligado ao Comitê Paraolímpico Brasileiro, que leva o atletismo para deficientes visuais. “Eu aprendo a cada dia com eles. Não os vejo como deficientes mas como pessoas que lutam para vencer limitações”.
Disseminar o esporte também é lição de vida para o subinspetor Cláudio Araújo, 49, do Grupamento de Ronda Escolar. Em dez anos, já atendeu mais de 200 moradores de Laranjeiras com o projeto gratuito de tai chi chuan nas praças. Ambos vão competir na semana olímpica.

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RECURSO DE DEFESA OPERACIONAL

O Recurso de Defesa Operacional foi elaborado por profissionais da área de segurança pública, que são lutadores profissionais de MMA (Mixed Martial Arts), e preencheram uma lacuna entre o conhecimento de uma arte marcial e a aplicabilidade profissional. Com a evolução social e o advento da grande divulgação dos combates de mistos de artes marciais, os profissionais da área de segurança (pública ou privada) cada vez mais ganhavam resistência nas suas ações de controle pessoal, que muitas vezes eram sobrepujadas, por agressores, lutadores ou aventureiros, que ganhavam confiança nas investidas contra os agentes, por muitas vezes aprendiam suas técnicas em simples vídeos colhidos na internet. Daí a necessidade da integração dessas duas áreas profissionais, fornecendo aos agentes um recurso de defesa contra novas investidas e a utilização de “técnicas” como agressão.

Com todos os quadros apresentando uma necessidade de capacitação do profissional de segurança, para sua própria proteção, é que foi criado o recurso, tomando-se em conta as experiências vivenciadas pelos agentes no dia a dia e suas especificidades. O RDO foi criado com o intuito de auxiliar os agentes de segurança no exercício de suas funções, onde a necessidade de intervenção por parte do agente determine a imobilização ou condução de um agressor. As intervenções devem sempre observar três aspectos: Prioridade, Necessidade e Responsabilidade, no primeiro o agente avalia o motivo pelo qual estará executando a sua ação e quais as diretrizes a serem adotadas para o evento, no segundo o agente é obrigado a utilizar as técnicas e os meios necessários e apropriados para garantir a integridade de suas funções e o terceiro é onde o agente explora todo o profissionalismo que lhe cabe, controlando emoções, visando uma melhor execução das técnicas e garantindo os direitos de todos os envolvidos no evento.

O Guarda Municipal e Mestre de Capoeira o Sr. Antônio Augusto de Olinda Santos o juntamente com o Policial Militar e Mestre de Luta Livre o Sr. André Gustavo Félix Fernandes, também lutadores profissionais conhecidos no mundo da luta como "Garra" e "Mau-Mau", através dos seus vastos conhecimentos na área operacional e nas artes marciais, desenvolveram inicialmente grandes trabalhos, na capacitação dos profissionais da área de segurança pública, tanto na Guarda Municipal, quanto na Polícia militar do Rio de Janeiro respectivamente. O objetivo desse dois foi alcançado e com a união com outros profissionais, que também viram a necessidade do agente de segurança, aprender a se proteger mesmo sem o uso de armamento, o RDO foi criado e esse trabalho vem sendo realizados em várias esferas de atuação policial, respeitando sempre o sigilo dos treinamentos.