sexta-feira, 6 de dezembro de 2013


Quem é seu Comandante? E sua formação? Foi dentro da realidade atual?

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

BOM DIA AMIGAS E AMIGOS!
O Comando das Guardas Municipais é uma colcha de retalhos constituída por profissionais de outras instituições.
Logicamente que isso teve importância para que as Guardas tivessem o perfil que tem hoje, sobretudo de disciplina e hierarquia.
Não se sabe se é o modelo ideal, até porque, criar instituições nos moldes das que já existiam é criar mais do mesmo, enquanto que a proposta é criar algo diferente e que venha cobrir espaços que ainda nãos estão sendo ocupados pelo Estado nas suas três esferas de governo no sentido de PREVENIR a violência e criminalidade.
As Polícias Militares hoje, até porque a demanda é muito, atuam sob estatística, ou seja, os locais onde apresentam maior índice de ocorrências merecem atenção especial, daí os apelos para que as ocorrências sejam registradas. Portanto as ações são direcionadas para locais onde JÁ OCORRERAM E ESTÃO OCORRENDO desordens ou ilícitos.
Ocorre que as Guardas Municipais devem ter perfil diferenciado. ou seja, atuar ocupando espaços para que as desordens sociais, violência e criminalidade NÃO aconteçam.
Ninguém quer ver um familiar seu vítima da criminalidade para DEPOIS ver o bandido preso.
Daí a importância de estarmos lutando por uma ESCOLA DE COMANDO ESTRATÉGICO PARA GUARDAS MUNICIPAIS para dotar os Guardas de Carreira, desta visão humanitária de Segurança Pública, tendo por fundamento os conceitos de SEGURANÇA HUMANA da ONU na área de Segurança Pública.
Hoje há muitas iniciativas, muito interessantes, eu participei da coordenação e formatação pedagógica de algumas, inclusive da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. Foi um grande avanço, mas na sua essência, repetiu e está repetindo conceitos básicos doutrinários e operacionais de atuação policial nos moldes das polícias militares. Polícia Militar é uma coisa. Guarda Municipal é outra. Polícia Militar, além da história, tem capacitações diferenciadas, especializadas para cada tipo de operação. Incluindo pessoal aquartelado para emergências. é na verdade, uma polícia especializada, mesmo com a falta de atenção dos Governos Estaduais, o que torna os integrantes dessas corporações em verdadeiros heróis.
As Guardas Municipais são, por excelência e vocação originária, Polícias Municipais cuja principal missão é a ocupação dos espaços.
Todavia, daí a influência prejudicial às Guardas Municipais: Ao constituir uma Guarda Municipal, os prefeitos chamam alguém da reserva da Polícia Militar. Este estrutura as Guardas Municipais nos moldes da Polícia Militar incluindo a grade de instrução, com carga acentuada de ordem unida e técnicas policiais embasadas em filosofia policial militar, até porque é a única referência de atividade policial que temos no Brasil.
Os alunos Guardas assimilam esse tipo de instrução, ficam aguçados para atuarem nos moldes das Polícias Militares, e daí vem o gestor e fala: Vocês não são polícia. Não podem fazer isto, aquilo e aquilo outro.... Então porque ensinou?
Qual a consequência?
Como mudar a cabeça do guarda que aprendeu tudo segundo a filosofia operacional da Polícia Militar e que agora vem alguém dizendo que devem ser polícia municipal preventiva, de ocupação de espaços exercendo atividade policial comunitária de aproximação?
O Guarda não foi "adestrado" para isso. Foi treinado e incutido em sua mente de que deveria caçar bandido, aguçando o lado predador do ser humano.
NINGUÉM DÁ O QUE NÃO TEM!!
Não exija de um policial da reserva que instrua uma corporação e tenha atitudes contrária ao que ele praticou durante 25 anos de profissão.
NÃO EXIJA DO GUARDA MUNICIPAL COMPORTAMENTO DIFERENTE DO QUE ELE APRENDEU em cursos ministrados por ex policiais e trabalhando sob filosofia de ex policiais. Isto é exigir o impossível dos Guardas Municipais.
Recentemente sugeri a alteração do nome de uma Guarda Municipal, para aproximar suas atividades ás de polícia municipal de forma mais ampla, não foi possível, porque o nome da instituição está intimamente ligada a filosofia operacional policial militar e sua alteração iria influir negativamente no psicológico dos Guardas Municipais. Achei natural a reação, pois não se deve esperar nada diferente daquilo que foi plantado.
Hoje, pelo que já foi plantado, a mudança será gradativa e alongo prazo, porém passa pela conscientização dos gestores públicos que deverão ter ousadia para criar algo novo, diferente, que venham atender as demandas de segurança pública de nossa população, esquecendo as vaidades pessoais em detrimento do bem estar da sociedade.
A Guarda Municipal de Maceió divulgou estes dados estatísticos do IBGE onde se vê, ainda hoje, que 34% das Guardas estão sob comando de Guardas de carreira e 66% das Guardas Municipais estão sob comando de profissionais de outras esferas, e que as Polícias Militares detêm 40,4% desses 66%.




DR. OSMAR VENTRIS é Advogado criminalista formado pela USP - SP, Largo São Francisco. Pós-graduado em Segurança Pública Municipal com ênfase na Gestão Estratégica, AUTOR DO LIVRO “Guarda Municipal Poder de Policia e Competência”, (2007). É especialista em cursos de Formação de Guardas Municipais, Cursos de Aperfeiçoamento de Guardas Municipais. Palestras sobre a importância da atuação das guardas Municipais. Realiza consultoria para criação e reestruturação de Guardas Municipais, elaborando programa de treinamento fundado em diagnóstico das necessidades de treinamento e aprimoramento de cada Guarda Municipal, respeitando suas peculiaridades, elabora ainda diagnóstico da violência e criminalidade nos municípios visando à elaboração do Programa Municipal de Segurança Pública tendo a Guarda Municipal como um dos atores fundamentais.
Sua filosofia é pautada em que: Guarda Municipal é um Agente do Estado na esfera municipal, com atuação policial, investido de PODER DE POLÍCIA, para fiscalizar e impor a Soberania do Estado através da manutenção da ordem pública no contexto da Segurança Pública.
É o único palestrante a provar a verdadeira missão e função das Guardas Municipais, ante o Título V da Constituição Federal, quebrando a falácia de que Guarda é para cuidar de próprios municipais. Já ministrou palestras para mais de vinte mil Guardas Municipais em todo o Brasil.

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RECURSO DE DEFESA OPERACIONAL

O Recurso de Defesa Operacional foi elaborado por profissionais da área de segurança pública, que são lutadores profissionais de MMA (Mixed Martial Arts), e preencheram uma lacuna entre o conhecimento de uma arte marcial e a aplicabilidade profissional. Com a evolução social e o advento da grande divulgação dos combates de mistos de artes marciais, os profissionais da área de segurança (pública ou privada) cada vez mais ganhavam resistência nas suas ações de controle pessoal, que muitas vezes eram sobrepujadas, por agressores, lutadores ou aventureiros, que ganhavam confiança nas investidas contra os agentes, por muitas vezes aprendiam suas técnicas em simples vídeos colhidos na internet. Daí a necessidade da integração dessas duas áreas profissionais, fornecendo aos agentes um recurso de defesa contra novas investidas e a utilização de “técnicas” como agressão.

Com todos os quadros apresentando uma necessidade de capacitação do profissional de segurança, para sua própria proteção, é que foi criado o recurso, tomando-se em conta as experiências vivenciadas pelos agentes no dia a dia e suas especificidades. O RDO foi criado com o intuito de auxiliar os agentes de segurança no exercício de suas funções, onde a necessidade de intervenção por parte do agente determine a imobilização ou condução de um agressor. As intervenções devem sempre observar três aspectos: Prioridade, Necessidade e Responsabilidade, no primeiro o agente avalia o motivo pelo qual estará executando a sua ação e quais as diretrizes a serem adotadas para o evento, no segundo o agente é obrigado a utilizar as técnicas e os meios necessários e apropriados para garantir a integridade de suas funções e o terceiro é onde o agente explora todo o profissionalismo que lhe cabe, controlando emoções, visando uma melhor execução das técnicas e garantindo os direitos de todos os envolvidos no evento.

O Guarda Municipal e Mestre de Capoeira o Sr. Antônio Augusto de Olinda Santos o juntamente com o Policial Militar e Mestre de Luta Livre o Sr. André Gustavo Félix Fernandes, também lutadores profissionais conhecidos no mundo da luta como "Garra" e "Mau-Mau", através dos seus vastos conhecimentos na área operacional e nas artes marciais, desenvolveram inicialmente grandes trabalhos, na capacitação dos profissionais da área de segurança pública, tanto na Guarda Municipal, quanto na Polícia militar do Rio de Janeiro respectivamente. O objetivo desse dois foi alcançado e com a união com outros profissionais, que também viram a necessidade do agente de segurança, aprender a se proteger mesmo sem o uso de armamento, o RDO foi criado e esse trabalho vem sendo realizados em várias esferas de atuação policial, respeitando sempre o sigilo dos treinamentos.